>>Para os que se perguntam, do que se trata esse projeto, reflita:<<
Se todos nós, um dia deixássemos de ser orgânicos e nos transformássemos em uma nova matéria.
Se de repente cantos retos tomassem conta de nossos contornos e quando nos damos conta, somos quadrados.
Não, não... Não quadrados ao pé da expressão, não queremos impor regras e respeitar todas as maneiras e costumes.
Se imagine no formato de um cubo, uma CAIXA.
Agora que você é uma caixa, defina a sua existência. Uma caixa existe para abrigar algo, sua função é simples, porém muito importante. Analise isso então, você abriga dentro de si todo tipo de informação e gosto pessoal, que somente você sabe qual a melhor maneira para conservá-los.
Pensando assim e ampliando essa experiência olhamos para nossos lados e vemos que todos nós poderíamos ser considerados caixas. Pequenas ou grandes, tradicionais ou modernas, pretas ou brancas, com estampas ou lisas, lotadas ou quase vazias.
Com tantos tipos diferentes de caixas é óbvio que os conteúdos também sejam cada qual, semelhante ao seu dono.
Há caixas que abrigam coisas pequenas, mas de imenso valor e há também caixas que guardam dois ou três itens enormes, lotando seu espaço interno.
Há também caixas que não importam quantas coisas existam dentro delas, mas sim que tudo fique muito bem organizadinho ali dentro, mantendo sempre a mesma identidade. Mas, quem sou pra dizer que uma identidade bagunçada deixa de fazer sentido?
Somos caixas que armazenam tudo aquilo que aprendemos, observamos, gostamos, escolhemos e vivemos. São coisas que representam cada bom momento vivido, desde uma conquista importante ao primeiro encontro com a pessoa amada. Desde uma lembrança que te faça chorar ao sorriso do amigo mais querido.
Todos nós temos conteúdo.
Há quem julgue o conteúdo do outro, dizendo ter um “recheio” muito melhor... Mas todos cumprimos esse mesmo hábito, ao julgar e comparar conteúdos.
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por Eduardo Myr, aluno Design Gráfico - UNISO